sábado, 25 de junho de 2011

De olho no futuro, boleiros investem em restaurantes, livraria e até bolsa de valores

Já virou senso comum que jogadores de futebol ganham rios de dinheiro e muitos deles gastam sem qualquer cerimônia com carros, roupas, mulheres e outras futilidades. Mas este cenário vem mudando ao longo dos anos. Os atletas estão cada vez mais preocupados com o futuro e fazem investimentos para fazer render o dinheiro conquistado com o esporte. Imóveis, fazendas, grupos musicais, marcas de roupas, restaurantes e até bolsa de valores: são vários os interesses dos ‘novos empresários’. Cada vez mais bem assessorados, eles adquiriram consciência de que a carreira é curta e é preciso pensar na família e na vida após pendurar a chuteira. O zagueiro Paulo André foge do estereótipo do jogador de futebol e é exemplo de um profissional engajado. Ele luta pelos direitos dos atletas e até faz um trabalho de consultoria para auxiliar os colegas a investir de maneira segura e eficiente. Sua especialidade é a bolsa de valores. Os termos técnicos e o stress dos pregões parecem bem distantes da alegria e espontaneidade do futebol, mas para o corintiano podem andar, ou melhor, trabalhar juntos. Até nas pausas dos treinamentos, ele monitora o pregão do Ibovespa pelo laptop, prática que aprendeu quando atuava no futebol francês e já ‘contaminou’ colegas como Ronaldo Fenômeno, Iarley e o aposentado William. Conhecido pela beleza, pelas opções de lazer e pelo estilo despojado, o Rio de Janeiro também tem empresários que são a cara da cidade. O maior ícone é Ronaldinho Gaúcho que a cada dia mostra como se adaptou bem à cidade. Além de patrocinar alguns grupos de pagode, o flamenguista lançou sua própria linha de roupas com o famoso estilista francês Christian Audigier. Já o lateral-direito Léo Moura seguiu caminho semelhante, mas optou pelo funk. Na época em que namorava a cantora Perlla, ele criou uma empresa para assessorá-la: LM2 produções artísticas. Mas mostrou que não é fácil conciliar as duas carreiras e deixou sob responsabilidade da irmã Lívia Moura. “Ainda não dá para unir a carreira de jogador com a de empresário”, disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário